segunda-feira, 3 de outubro de 2016

AMTS - TESTE DE CONFUSÃO MENTAL

TESTE DE CONFUSÃO MENTAL
AMTS - Abbreviated Mental Test Score


        O pequeno teste de confusão mental (AMTS) foi introduzido por Hodkinson em 1972, para avaliar rapidamente pacientes idosos com possibilidade de demência mental. Logo depois seu uso na medicina se tornou um pouco mais amplo, por exemplo para avaliar confusão mental ou outra disfunção cognitiva, embora seu uso inicial era usada somente na avaliação de idosos.

Um grupo de 10 perguntas são colocadas ao paciente. Cada questão respondida corretamente marca um ponto. Uma pontuação de 7-8 ou menos sugere comprometimento cognitivo no momento do teste, apesar de que são necessários mais testes formais para confirmar o diagnóstico de demência, delírio ou outras disfunções cognitivas.

Usa-se a seguinte tabela.



CURB-65 - Pneumonia Adquirida na comunidade

CURB-65 - Pneumonia Adquirida na comunidade

A CURB-65 é uma escala que foi criada com o intuito de prever a taxa de mortalidade de um paciente e a partir dela decidir que tipo de tratamento deve receber o paciente com pneumonia adquirida na comunidade.

Está avaliada pela Britsh Thoracic Society para avaliação da severidade da pneumonia.

CURB-65 É o acrônimo para:

C - Confusão (Classificação menor a 8 segundo AMT).
U - Urea: Maior a 16mmol/L (44mg/dL) ou BUN maior que 7mmol/L (19mg/dL).
R - Respiração: Freqüência Respiratória maior a 30/Min.
B - Pressão Sanguínea (Blood Pressure): Sistólica menor a 90mmHg ou Diastólica menor igual a 60mmHg.
65 - Idade maior ou igual a 65 anos.

Para cada um dos valores clínicos encontrados se soma um ponto. Sendo que a pontuação mais baixa é 0 com ausência de todos os sintomas mencionados e a maior, com 5 pontos, sendo a somatória de todos os aspectos clínicos encontrados. A taxa de mortalidade é proporcional a pontuação obtida, quanto mais alta a pontuação, maior a probabilidade de morte.


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Esquema de alimentação a criança menor de 1 ano.



ALIMENTAÇÃO EM CRIANÇAS ATÉ 1 ANO

O que o bebe pode e deve comer?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o leite materno deve ser o único alimento ofertado para os bebês nos seis primeiros meses de vida. Para a instituição, apenas após meio ano de vida é que devem ser introduzidos outros alimentos, como frutas e papinhas. Ainda que existem estudos na área que recomendam que já se deve iniciar alimentação paralela a partir dos 4 meses.

Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.
Ao completar 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos de idade ou mais.
Aos 6 meses de idade o leite materno não é mais suficiente para atender a todas as necessidades nutricionais da criança
O lactente já apresenta maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos:
       - enzimas digestivas em quantidade suficiente;
        - aparecimento da dentição;
        - desaparecimento do reflexo de protusão da língua;
        - pescoço firme.
Oferecer água (tratada, filtrada, fervida).
A criança tende a rejeitar as primeiras ofertas dos alimentos: tudo é novo, a colher, a consistência e o sabor.
Respeitar a identidade cultural e alimentar da região.
Ao completar 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno. 
          Três vezes ao dia: papa de fruta, papa salgada e papa de fruta.
          Fornecem energia, proteína e micronutrientes e preparam para a formação de hábitos saudáveis.
          Aos 7 meses se acrescenta a 2° papa salgada.
          Ovo pode ser introduzido aos 6 meses- considerar história familiar de alergia.
          A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.
          Ao iniciar a alimentação a criança está aprendendo a testar novos sabores e texturas.
          Pequena capacidade gástrica: 20 a 30 ml por kg de peso.
          Intervalos regulares entre as refeições ( 2 a 3 horas).
          A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com a consistência pastosa (papas/purês) e, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
          As refeições espessas têm mais densidade energética (cal/gr) do que as ralas (sucos e sopas), dando mais aporte calórico às crianças que têm estômago pequeno.
          Estímulo na função de lateralização da língua- melhorando o reflexo de mastigação.
          Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
          Oferecer alimentos de todos os grupos, todos os dias.
          Carne e fígado- contém ferro e facilitam a absorção do ferro contido nos vegetais.
          Oferecer 2 tipos de frutas por dia.
Oferecer os alimentos separados no prato
          Frutas, legumes e verduras são as principais fonte de vitaminas, minerais e fibras.
          As frutas devem ser oferecidas in natura, amassadas, ao invés de sucos.
          No início podem ser pouco aceitos pelas crianças pequenas, que normalmente preferem o sabor doce.
          São necessárias 8 a 10 exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança.
          As refeições não devem ser substituídas por lácteos ou lanches.
          Não se recomenda que os alimentos sejam muito misturados- sabores e texturas.
          Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
          Até 1 ano a criança tem a mucosa gástrica sensível- as substâncias presentes no café, chás, mate, enlatados e refrigerantes podem irritá-la, comprometendo a digestão e a absorção dos nutrientes, além de terem baixo valor nutricional
          Alimentos industrializados, enlatados e embutidos contêm sal em excesso, aditivos e conservantes artificiais
          As frituras são desnecessárias. A fonte de lipídeos está presente no leite, nas proteínas e no óleo vegetal usado no cozimento dos  alimentos.
          O mel está contra-indicado no 1° ano pelo risco do botulismo.
          O consumo deste tipo de alimento está associado à anemia,ao sobrepeso e às alergias alimentares.
          Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.
          A introdução da alimentação complementar expõe ao risco de infecções ( doença diarréica).
          Problemas:-contaminação da água e alimentos;
                            -inadequada higiene pessoal e utensílios;
                            -alimentos mal cozidos;
                            -contato com insetos,pó e animais;
                            -temperatura de conservação inadequada
          Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
          A anorexia na criança doente é um fenômeno universal e pode persistir além do episódio da doença.
          Manter o aleitamento materno;
          Aumentar a frequência das refeições;
          Oferecer alimentos prediletos;
          Ricos em calorias;
          Em consistência que facilite a deglutição;
Flexibilizar horários e regras alimentares
          Até os 4 meses o leite de vaca deve ser diluído a 2/3 por causa do excesso de proteína e eletrólitos que fazem sobrecarga renal.
          A partir dos 4 meses o leite de vaca pode ser usado integral.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

SISTEMA DE TRIAGEM MANCHESTER

SISTEMA DE TRIAGEM MANCHESTER (MTS)

O Manchester Triage Group nasceu no mês de novembro de 1994 e seus esforços se concentraram em 5 objetivos:
1: Elaborar uma nomenclatura comum.
2: Usar Definições comuns.
3: Desenvolver uma metodologia sólida de triagem.
4: Implantar um modelo global de informação.
5: Permitir e facilitar a auditoria do método de triagem desenvolvido.
Foi estabelecido um sistema de classificação de 5 níveis e a cada um destes níveis se atribuiu um número, uma cor e um nome que se definiu em termos de tempo chave ou tempo máximo para o primeiro contato com o terapeuta.

Níveis de classificação da MTS.
Número
Nome
Cor
Tempo Máximo
1
Atenção Imediata
Vermelho
0
2
Muito Urgente
Laranja
10
3
Urgente
Amarelo
60
4
Normal
Verde
120
5
Sem Urgencia
Azul
240
MTS: Manchester System Triage.

O sistema foi revisado em 2006 e foram introduzidas novas informações recebidas nos últimos 10 anos. Com o passar do tempo o sistema foi adotado em muitos hospitais do mundo. A escala de classificação de pacientes compreende 52 motivos possíveis de consulta que de forma ampla se podem agrupar em 5 categorias, que são as seguintes. Doença, Lesão, Crianças, Conduta Normal e Inusual e Catástrofes. Em cada um se abre uma arvore de fluxo de perguntas. Depois de 4 – 5 perguntas como máximo, classifica o paciente em uma das 5 categorias que se traduzem em um código de cor e um tempo máximo de atenção.

O profissional seleciona um número de sinais e sintomas de cada nível de prioridade e utiliza discriminadores dispostos em forma de diagramas para assignar aos pacientes a uma das 5 prioridades clinicas.

Os discriminadores gerais são: Risco vital, dor, hemorragia, nível de consciência, temperatura e tempo de evolução. Se aplicam a todos os pacientes independentemente de sua forma de apresentação.

O método é coerente em suas suposições já que os sintomas guia podem conduzir a mais de uma diagrama de apresentação clínica. Assim um paciente que não se encontra bem, com pescoço rígido e dor de cabeça terá a mesma prioridade se o professional utiliza os diagramas de adultos com mal estado geral, dor no pescoço ou dor de cabeça.

Também não faz nenhuma suposição sobre o diagnóstico e pode ser desenvolvido por qualquer enfermeiro ou enfermeira independente de seu grau de experiência. Como requisito imprescindível se exige ter concluído a formação inicial necessária.

O sistema já tem uma experiência de 21 anos, permite realizar auditorias de qualidade na classificação de pacientes tanto internos como externos, é valido, reproduzível e aplicável, tem uma boa concordância é rápido e ágil em sua aplicação cotidiana. Separa bem os pacientes críticos e é aplicável tanto em pacientes adultos como a crianças.


O MTS é o sistema mais usado em hospitais de Europa e existem também grupos de triagem nacionais em países como Alemanha, Holanda, Inglaterra e Irlanda, Portugal e Espanha.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

ESCALA DE WOOD - DOWNES - FERRES

ESCALA DE WOOD - DOWNES MODIFICADA POR FERRES


- Trata-se de uma escala de avaliação, utilizada fundamentalmente para a valoração do grau de gravidade da bronquiolite, ainda que também se utiliza para avaliação do asma agudo, sobre todo no âmbito infantil.

- No caso da bronquiolite que geralmente aparecem nas urgências pediátricas, uma avaliação inicial permite em muitas ocasiones começar com uma terapia adequada ao grau de gravidade estimado, evitando em muitas ocasiões internações desnecessárias. Uma avaliação menor de 3 supõe uma bronquiolite leve, cujo o tratamento pode iniciar com meios físicos e salbutamol ou terbutalina, com avaliação adequada nas próximas 24 - 48 horas. Uma pontuação maior de 3  supões uma bronquiolite moderada ou severa que provavelmente requer inalação de adrenalina nebulizada. Valoração posterior nas seguintes 2 horas e seguir a terapêutica segundo mudanças no quadro clinico. Uma evolução desfavorável indica internação.

Escala de Wood – Downes Modificada por Ferrés
Descrição
0
1
2
3
Sibilâncias
Não
Final da expiração
Toda a Expiração
Inspiração + Expiração
Tiragem
Não
Subcostal/Intercostal Inferior
“1” + Supra clavicular + Aleteonasal
“2” + intercostal inferior + supraexternal
Frequência Respiratória
<30
31-45
46-60
>60
Frequência Cardíaca
<120
>120


Ventilação
Boa
Regular, Simétrica
Diminuída
Tórax Silencioso, Ausência de Sibilâncias
Cianose
Não
Sim



Interpretação:
1 – 3: Crise Leve.
4 – 7: Crise Moderada.

8 – 14: Crise Grave.